terça-feira, 10 de março de 2009

A minha experiência no Teatro: Marionetas, Actores e Objectos , com o espectáculo "CARAMURU"


Os ensaios começaram há muito tempo. Começei aparecer no palco ainda sem roupa, por não ter uma figurinista como devia ser.
Estava um pouco complexada, um pouco envergonhada ao lado da bela Paraguaçu, outra marioneta destinada casar com Caramuru.
Ó lindíssimo Caramuru! O portugues da boa raça! Branquissímo! Loiro e ruivo... Dourado melhor dizer. Dois olhos azuis como se fossem as pedras semi preciosas olhavam para mim e sentia as ondas do mar na minha coração.
O meu pai, Gupeva, o Chefe Gupeva queria que eu casasse com ele, e eu... estava um pouco confusa, mas pensava: "Numa de boa!"
Só que o Caramuru, o Filho do Trovão disse que NÃO.

Não???, repeti numa pergunta desesperada, eu, aos gritos. Por amor de Deus? Ele também não me quer? Porque ninguém me quer, papai???!!!
Chorei e fugi. Estava miseravelmente infeliz e tinha muito fome.
Lição 1 :QUANDO ESTOU MISERAVELMENTE INFELIZ, SEMPRE TENHO MAIS FOME.